VETECO – FEIRA INTERNACIONAL DE ESQUADRIA:
Quem visitou a feira nas últimas edições não encontrou muitas novidades em 2014, até porque a Europa ainda sofre com a crise econômica, provavelmente isso dificulta investir em novos produtos para um mercado estagnado. Contudo, as soluções expostas para esquadrias de alumínio, comparadas com o que é oferecido pelos sistemistas no Brasil, continuam cinco décadas em nossa frente. Destaco três novidades que me chamaram a atenção:
1. Porta de correr com cada folha medindo 3,00 x 3,00 m.
2. Vidro com dimensão de 12,00 x 3,30 m
3. Cola especial que substitui o parafuso da “aranha” na Fachada Spider Glass.
O FÓRUM IBERO-AMERICANO:
O Fórum sem dúvida é uma iniciativa louvável, contudo nesse encontro na Espanha não foi nada animador. Primeiro porque parte dele foi fechado para o público. Somente participaram das discussões as direções das associações de esquadrias dos países convidados, e segundo, quando aberto para o público, o tema “Jornada Técnica Mercados Internacionais: Situação do Setor de Fachadas de Vidro” não foi abordado pelos países. A apresentação nada tinha a ver com o tema proposto, apenas números embaralhados sobre o mercado de cada país. O que se esperava nesse evento eram trocas de conhecimento, ou seja, conceitos e métodos de produção e instalação de fachadas, além de números concisos que pudessem estimular a participação em outros mercados fora do país.
VISITA TÉCNICA:
Com um grande cartaz na recepção da fábrica Alucon-96, dizendo “A qualidade quem faz é você” e um dedo apontando em sua direção, ali já podíamos ter ideia do que poderíamos ver nessa empresa localizada em Madri, no Villarejo de Salvanés. Essa visita foi o que de melhor se aproveitou nesses dias na Espanha, tanto no aspecto tecnológico quanto no de gestão.
Lição:
Algumas empresas para não encerrarem suas atividades devido à crise na Europa fizeram o joint venture, ou seja, juntaram suas “forças”. Nesse caso específico, do segmento de esquadrias, uniram-se então a empresa de extrusão, pintura e anodização, com a indústria de esquadrias. O resultado foi uma empresa mais competitiva e com custos menores, com capacidade de atender a demanda do país e exportar para outros.
O que já temos:
A extrusão, pintura e anodização, não foi novidade! Os processos e equipamentos são iguais aos que possuímos no Brasil, a não ser, o processo de pintura para efeito madeira que é diferente do usado em nosso país, mas é apenas questão de escolha de processo, os dois são eficientes.
O layout da fábrica e a organização da produção de esquadrias ficaram “a quem” do que se esperava de um país de primeiro mundo. No Brasil já desenhei e vi layouts melhores.
Criatividade e tecnologia:
Agora sim, o porque valeu a pena à visita.
Vale abrir um parêntese para um processo moderno de produção de esquadrias, onde possa reunir uma nova ideia e o uso de equipamento de primeiro mundo.
Criatividade: Que tal um estampo com dupla cabeça? Isso mesmo! Imagine dois estampos, agora um em cada extremo! Em seguida, imagine os dois estampos fixos em uma mesa usada para serra de corte de dupla cabeça! Isso mesmo! Esta é uma ideia super fantástica, concorda?
Tecnologia: Vi um semi-robô (vou chamá-lo assim) que opera com a ajuda de dois funcionários. Estes o alimentam para que fechem os quadros com vidros usando parafusos, e em seguida o direcionam para colocar o produto montado na esteira que segue para o setor de embalagem.
CONCLUSÃO:
A participação na Feira e no Fórum foi muito boa, mas a visita na fábrica foi o ápice desses cinco dias na Espanha. Como também, foi muito bom fazer novas amizades e reencontrar amigos que acompanharam a delegação brasileira, organizada pela AFEAL – Associação Nacional de Fabricantes Nacional de Esquadrias de Alumínio.
Não fui incumbido de representar ninguém do Brasil, mas ao abrir a bandeira e ser fotografado a sensação era que estava ali com o dever de buscar novidades, aprimorar os conhecimentos, e depois, contribuir com o mercado de esquadrias brasileiro. Esse momento foi emocionante para mim, pois tive a certeza que amo o que faço, e acima de tudo, amo o meu país apesar de todas as dificuldades.
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