terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Uma escolha errada vai levá-lo por um caminho errado


Entre março e maio do ano 2012 foi realizado um projeto social por empresas e associações do nosso setor de esquadrias. O projeto aconteceu em duas comunidades carentes na zona sul no Rio de Janeiro (RJ), onde moradores selecionados fizeram um curso de serralheria de alumínio para abricarem suas próprias janelas e se inserirem no mercado de trabalho. Embora o projeto pareça comum e de boa visão para o mercado, na prática a iniciativa não se caracterizou positiva, pelo fato de que o curso foi realizado com a linha 28. 

Não entendo porque essa linha foi escolhida para o treinamento, já que os organizadores têm plena consciência de que lutamos pela sua descontinuidade no Rio de Janeiro, considerando ainda que não é bom para o mercado fomentar linhas que contradizem as normas técnicas vigentes.

Seguir a norma — Para compreender melhor a questão, a linha 28 foi a primeira linha disponível no Brasil, desenvolvida na década de 1960. Na época ainda não existia escova de vedação e o vidro era colocado com massa de vidraceiro. Com o passar do tempo e a introdução de novas tecnologias, uma esquadria fabricada hoje com essa antiga linha não está mais de acordo com as normas estabelecidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) — ou seja, com a NBR 10.821. Nessa relação de produtos sem qualidade técnica para os dias de hoje podemos incluir as linhas 25, 30, 42 e módulo prático, todas desenvolvidas entre as décadas de 1960 e 1980. Estas também não passam por todas as exigências da norma atual.

Qualidade — Distante dessa ação isolada, grande parte das empresas e dos profissionais do setor mostra seu comprometimento com a qualidade e o desenvolvimento das esquadrias. Todos eles buscam incansavelmente melhorias técnicas para a evolução das esquadras de alumínio no Brasil, o que inclui, por exemplo, a participação ativa nas revisões das normas da ABNT, oferta de cursos realizados com linhas normatizadas e viagens de atualização em feiras internacionais. Ações assim nos norteiam com perspectivas de melhorias futuras.

Penso que no setor de esquadrias não podemos ter mais espaço para a demagogia e a desatualização. O que se escreve para as revistas ou é falado para o mercado tem que ser coerente com as atitudes do dia a dia. As empresas devem manter uma postura ética — e mais: tomar muito cuidado na escolha da parceria e na condução de projetos educacionais, porque uma escolha errada leva a um caminho errado.
"Dica: As principais normas técnicas utilizadas pelos serralheiros para a fabricação de esquadrias são: NBR 10821, NBR 6123, NBR 15969 e NBR 7199. Elas podem ser adquiridas no site da ABNT, através do link www.abntcatalogo.com.br. Vale uma visita!"
Por Alexandre Araujo - Professor na Universidade Unigranrio. Consultor e Instrutor do Sebrae. Escritor. Mestrando em Sistemas de Gestão pela Qualidade Total, com ênfase em Estratégia e Competitividade (UFF). Especialização em Marketing pela Universidade Cândido Mendes (UCAM).
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Um comentário:

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