terça-feira, 24 de abril de 2012

Fachadas modernas demandam esquadrias

Por Nelson Rocco | Para o Valor, de São Paulo
imagem blog O Aeroporto Internacional de Carrasco, em Montevidéu, no Uruguai, e o Centro Administrativo do Governo de Minas Gerais, em Belo Horizonte, estão entre as principais obras desenvolvidas recentemente pelas fabricantes brasileiras de esquadrias, sem contar um sem número de edifícios comerciais espalhados pelas grandes cidades.

"Há uma demanda muito grande de esquadrias para prédios comerciais, maior que a oferta", conta Lucínio Abrantes dos Santos, presidente da Afeal (Associação dos Fabricantes de Esquadrias de Alumínio). "Isso ocorre no Brasil todo, não só em São Paulo, o que garante o desenvolvimento do setor".

As fachadas mais modernas são feitas pelo sistema unitizado, tecnologia internacional, adaptada aos padrões brasileiros. Entre alumínio e vidros, o mercado brasileiro de fachadas unitizadas é de 6 mil toneladas por ano. Segundo Arimatéia Nonatto, gerente de projetos especiais da Belmetal, esse volume de produção equivale a R$ 450 milhões por ano entre projeto, perfis de alumínio e componentes e mais R$ 150 milhões em vidros. "O mercado nacional do unitizado é de R$ 600 milhões", avalia.

A Belmetal, com fábrica em Sorocaba, no interior de São Paulo, é uma das grandes do setor e participou do projeto do aeroporto uruguaio e do centro administrativo do governo mineiro. Nonatto conta que a obra do aeroporto de Carrasco "foi um projeto complexo, com 12 empresas participantes", com um contrato de US$ 6 milhões.


A maioria, ou 90%, das esquadrias para a fachada do aeroporto seguiu do Brasil de navio, do porto de Santos ao de Montevidéu. O restante foi enviado por via terrestre. "Construímos uma fábrica de 1.500 metros quadrados ao lado do aeroporto para fazer a montagem, com o trabalho de 150 operários uruguaios", lembra o executivo. A obra do governo mineiro foi feita em 2009 e reuniu diversas empresas.

O sistema de produção de fachadas de alumínio passou por uma forte transformação nos últimos cinco anos e atendeu à demanda dos arquitetos que projetam os edifícios mais modernos, com eficiência de energia e uso consciente de recursos.

As fachadas no sistema unitizado são feitas em painéis em média de 1,25 metro por 3,75 metros, com vidro duplo chamado insulado, ou seja, duas lâminas de vidro separadas por, no mínimo, 12 milímetros, o que forma uma câmara. Essa câmara pode receber ar ou gás, dependendo das exigências técnicas, para que absorva o calor e a umidade de fora do prédio. "O sistema permite economia de energia com ar-condicionado e maior conforto acústico."

Abrantes, presidente da Afeal e dono da Luxalum, com 40 anos de mercado, 140 funcionários e produção de 50 toneladas a 55 toneladas por mês, conta que as empresas do setor investem em tecnologia para acompanhar a evolução dos projetos. Em 2011, a Luxalam investiu R$ 1,2 milhão.

Hoje, há cerca de 9 mil micro e pequenos fabricantes de esquadrias, a maioria sob encomenda. As que trabalham com produtos padronizados são cerca de 20, responsáveis pelo consumo de cerca de 200 toneladas por mês. Elas vendem para construtoras, mas seus produtos são encontrados no varejo, desde as grandes redes até lojas de bairro. "Essas companhias fabricam 1.000 janelas por mês. São responsáveis por 20% a 25% do mercado", conta o presidente da Afeal.
Fonte: http://www.valor.com.br/especiais/2627102/fachadas-modernas-demandam-esquadrias
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