domingo, 29 de março de 2009

A diferença entre publicidade e propaganda

Por Dennys Monteiro

A confusão entre os termos publicidade e propaganda no Brasil se originou quando as primeiras traduções foram feitas. Entenderam “advertising” como propaganda, logo quando alguém fazia a tradução de um livro sobre comunicação e marketing, os conceitos dos autores sobre o que é “advertising” eram convertidos e traduzidos como sendo os conceitos de propaganda. Na realidade o termo propaganda vem de seu homônimo em latim “propaganda”, que significa semear idéias e ideais de cunho político, cívico ou religioso. A propaganda tem caráter ideológico e tem como objetivo fazer adeptos, seguidores e converter opiniões. Na América do Norte, muitas vezes o termo “propaganda” é entendido como pejorativo, como uma espécie de lavagem cerebral e sempre com fins políticos e ou religiosos.

Já o termo publicidade, foi e por muitas vezes ainda é, confundido com os esforços de relações públicas, em gerar mídia espontânea e gratuita. Na realidade o termo publicidade pode ser entendido de maneira genérica como o ato de tornar público e mais especificamente como “advertising” ou seja, uma ferramenta de comunicação e marketing que tem como função e fim promover, utilizando os meios de comunicação nos espaços publicitários. Ou melhor, a ferramenta que utilizando os meios de comunicação e os espaços publicitários, com patrocinador identificado tem como fim seduzir e tornar público, levando o consumidor à compra de determinado produto ou serviço. Podemos dizer que, enquanto a propaganda tem cunho político, cívico ou religioso. A publicidade tem cunho comercial.

Para facilitar o entendimento da real diferenciação dos termos, vejamos o exemplo:- O governo Brasileiro faz uma campanha na TV para divulgar e promover a idéia da utilização de preservativos no combate a AIDS. Isso é propaganda. Se nessa mesma campanha fosse divulgada alguma marca de fabricante de preservativos, isso seria publicidade. Podemos portanto entender que, enquanto a publicidade é paga pelo fabricante ou distribuidor e em última instância pelo consumidor do produto proporcionalmente ao seu consumo. A propaganda é paga pelo cidadão, membro, fiel ou seguidor da instituição que a financia e não proporcionalmente ao seu consumo.

A utilização de termos pelo mercado, há pouco tempo causou mais uma confusão: A inserção mecânica feita na parte editorial dos veículos de comunicação, de tanto ser chamada erroneamente de merchandising (ação no ponto de venda) acabou por cunhar o termo “merchandising editorial”. Portanto quando vemos em uma novela, por exemplo, um personagem utilizando um produto com marca identificada e promovendo esse, estamos diante de uma inserção mecânica chamada de “merchandising editorial” e não de publicidade, entendida de maneira mais restrita, pois, enquanto a publicidade utiliza os espaços publicitários dos veículos, o merchandising editorial é inserido na parte editorial.

Fonte: Artigo escrito por Dennys Monteiro e originalmente publicado no site www.rg9.org

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